× Capa Textos Áudios Perfil Livro de Visitas Contato Links
Wilson Magalhães
Poesias e Músicas
Textos
PARAISÓPOLIS
O paraíso abre as portas
Pra receber novas vidas
Nove jovens habitantes
Nove pontos de partida
 
Pobres lombos desprotegidos
Tão fácil de descer o pau
Na contramão da democracia
E da ordem social
 
Pretos, jovens, favelados
Estigma de transgressor
Mortes com endereço certo
Com gênero, idade e cor
 
Quanto sangue derramado
Lágrimas, tristeza e dor
Despreparo inominado
Do Estado coator
 
Violência banalizada
Da força estatal que reprime
Que ameaça, bate e mata
Jovens bandidos sem crime
 
A missão é proteger
Mas se arvoram em matar
Às vezes mata-se aqui
Mas a violência ocorre lá
 
Wilson Magalhães
Enviado por Wilson Magalhães em 15/12/2019
Comentários

SONETO DA INFELICIDADE

Pudesse eu, pegar estrelas

Sem o céu desmoronar

Conter a fúria das ondas

Sem acabar com o mar

 

À noite, invadir os sonhos

Sem lhe fazer despertar

Viver prazeres da vida

Sem ser preciso lhe amar

 

Cativar sua doçura

Por força dos meus ardis

Arrebatar a candura

Molhando os olhos sutis

 

Talvez ficasse contente

E eternamente infeliz