× Capa Textos Áudios Perfil Livro de Visitas Contato Links
Wilson Magalhães
Poesias e Músicas
Textos
FÊNIX
FÊNIX

Traindo os meus sentimentos
Uma lágrima distraída
Em queda involuntária
Não passou despercebida

Uma discreta mão aflita
A queda interrompida
Afugentava triste, a ferida
Aberta no coração

O desejo outrora incontido
Acolhido em braços ardentes
Descobriu-se afeição fraterna
Um zelo pelas sementes

Recorri às gavetas do tempo
Desarrumando toda memória
Um ponto por mais que distante
Somente despertado agora

A lua, o primeiro encontro
O som, a buquê, a poesia
As brigas sem importância
Que não destruíram a magia

Desci ao fundo do poço
Cai muito abaixo do chão
Definhei entre quatro paredes
A vida sem solução

Mas eis que o peito teimoso
Se abre a nova paixão
Porque o amor nunca morre
Só muda de coração
Wilson Magalhães
Enviado por Wilson Magalhães em 21/04/2020
Comentários

SONETO DA INFELICIDADE

Pudesse eu, pegar estrelas

Sem o céu desmoronar

Conter a fúria das ondas

Sem acabar com o mar

 

À noite, invadir os sonhos

Sem lhe fazer despertar

Viver prazeres da vida

Sem ser preciso lhe amar

 

Cativar sua doçura

Por força dos meus ardis

Arrebatar a candura

Molhando os olhos sutis

 

Talvez ficasse contente

E eternamente infeliz