FÊNIX
FÊNIX
Traindo os meus sentimentos
Uma lágrima distraída
Em queda involuntária
Não passou despercebida
Uma discreta mão aflita
A queda interrompida
Afugentava triste, a ferida
Aberta no coração
O desejo outrora incontido
Acolhido em braços ardentes
Descobriu-se afeição fraterna
Um zelo pelas sementes
Recorri às gavetas do tempo
Desarrumando toda memória
Um ponto por mais que distante
Somente despertado agora
A lua, o primeiro encontro
O som, a buquê, a poesia
As brigas sem importância
Que não destruíram a magia
Desci ao fundo do poço
Cai muito abaixo do chão
Definhei entre quatro paredes
A vida sem solução
Mas eis que o peito teimoso
Se abre a nova paixão
Porque o amor nunca morre
Só muda de coração
Wilson Magalhães
Enviado por Wilson Magalhães em 21/04/2020