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Wilson Magalhães
Poesias e Músicas
Textos
O POSTO
Numa velha parede pendia esquecida
A imagem de um posto em fotografia
Retratava o essencial para época
Banheiro, bomba e borracharia

Os inexoráveis ventos da modernidade
Sopraram necessidades de adjacências
Lanchonetes, caixas de bancos
Também as lojas de conveniência

O posto onde se encontra de tudo
Virou sinônimo de auto suficiência
Produzindo metáforas políticas
Símbolo de prestígio e competência

O figurado mostrou-se inábil
Mais um refém da dependência
A promessa foi para o espaço
Cedeu lugar à conveniência

Porém, o posto mostrou-se útil
Preservando suas dependências
As lanchonetes, caixas de banco
Também as lojas de conveniência
Wilson Magalhães
Enviado por Wilson Magalhães em 17/12/2021
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SONETO DA INFELICIDADE

Pudesse eu, pegar estrelas

Sem o céu desmoronar

Conter a fúria das ondas

Sem acabar com o mar

 

À noite, invadir os sonhos

Sem lhe fazer despertar

Viver prazeres da vida

Sem ser preciso lhe amar

 

Cativar sua doçura

Por força dos meus ardis

Arrebatar a candura

Molhando os olhos sutis

 

Talvez ficasse contente

E eternamente infeliz