O POSTO
Numa velha parede pendia esquecida
A imagem de um posto em fotografia
Retratava o essencial para época
Banheiro, bomba e borracharia
Os inexoráveis ventos da modernidade
Sopraram necessidades de adjacências
Lanchonetes, caixas de bancos
Também as lojas de conveniência
O posto onde se encontra de tudo
Virou sinônimo de auto suficiência
Produzindo metáforas políticas
Símbolo de prestígio e competência
O figurado mostrou-se inábil
Mais um refém da dependência
A promessa foi para o espaço
Cedeu lugar à conveniência
Porém, o posto mostrou-se útil
Preservando suas dependências
As lanchonetes, caixas de banco
Também as lojas de conveniência
Wilson Magalhães
Enviado por Wilson Magalhães em 17/12/2021