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Wilson Magalhães
Poesias e Músicas
Textos
A IDADE DO ESPÍRITO
Solta as amarras do tempo
Os amantes rolaram nas dunas
E a flecha destruiu como um raio
O tempo que lhes separava
.
Feito o cálculo dos dias
Mãe e filho seriam
Não fosse o amor que os unia
Qual doce cisnes encantados

E o vento quebrava barreiras
Em tempestades revoltas
Soprando verdades soltas
A quem enxergava o caos

O sol derretia o semblante
E o rosto de cada amante girava, girava e girava.
E as veias pulsavam e cresciam, sem pudor, com harmonia
Enquanto o amor unia o que os anos separava

Em um anular desinibido
O símbolo não era preciso
Pois esposa e marido
Há muito já se consumara

Quebrando a clausura do atraso,
Sem pudor, censor ou nexo
Mostrou-se que amor e sexo
Não tem validade de prazo

O tempo comeu a distância
Os sulcos encheram o espelho
O espírito fez-se intacto
E os amantes envelheceram

Agora ninguém mais importa
E quem nunca bateu à porta
Chega para um dedo de prosa
Sentando pra tomar um chá
Wilson Magalhães
Enviado por Wilson Magalhães em 21/01/2022
Alterado em 21/01/2022
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SONETO DA INFELICIDADE

Pudesse eu, pegar estrelas

Sem o céu desmoronar

Conter a fúria das ondas

Sem acabar com o mar

 

À noite, invadir os sonhos

Sem lhe fazer despertar

Viver prazeres da vida

Sem ser preciso lhe amar

 

Cativar sua doçura

Por força dos meus ardis

Arrebatar a candura

Molhando os olhos sutis

 

Talvez ficasse contente

E eternamente infeliz