DORES DA ALMA
(Uma palavra ao Setembro Amarelo)
Dores a duras penas contidas
De feridas que corroem sonhos
Cobrem com manto da aflição
Sombras de pesadelos medonhos
Quem navega em águas calmas
Com egoísmo umbilical
Desconhece a apneia escura
De um mergulho no abissal
Um socorro insistente buscado
No ponto cego de cada um
Não encontra devido amparo
No senso lógico ou comum
A falta de amor ou dinheiro
Benesses ou dificuldades da vida
Desejos ou visões diferentes
Desprezadas ou reprimidas
Um filme que passa na mente
Precede um desfecho fatal
Mas se fosse percebido antes
Não teria o mesmo final
O olhar de uma palavra amiga
O carinho de uma mão estendida
Compreensão e atitudes simples
Confortam e salvam vidas
Wilson Magalhães
Enviado por Wilson Magalhães em 09/09/2022