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Wilson Magalhães
Poesias e Músicas
Textos
NÓ NA GRAVATA
O nó da gravata abriga uma lenda
De que a honra é aderente às vestes
O sucesso pode remover marca
Que no passado se tornou inconteste

O cheiro cadente aprisionado
Sob o próspero tapete vermelho
Encobre dissimuladas pegadas
Que distorcidas refletem no espelho

O passado sucumbe-se ao cobre
Justifica os defeitos pelo ganho
Então o mundo se apresenta tacanho

E por mais que isso lhe pareça estranho
Para o homem vale mais, boa aparência
Que a verdadeira face da decência

Wilson Magalhães
21/05/2023
Wilson Magalhães
Enviado por Wilson Magalhães em 28/06/2023
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SONETO DA INFELICIDADE

Pudesse eu, pegar estrelas

Sem o céu desmoronar

Conter a fúria das ondas

Sem acabar com o mar

 

À noite, invadir os sonhos

Sem lhe fazer despertar

Viver prazeres da vida

Sem ser preciso lhe amar

 

Cativar sua doçura

Por força dos meus ardis

Arrebatar a candura

Molhando os olhos sutis

 

Talvez ficasse contente

E eternamente infeliz